A operação militar que acabou com a vida de Osama bin Laden foi uma prova de fogo para as tropas norte-americanas e, talvez, a decisão política mais crítica para Barack Obama. Porém, à medida que os dias passam, outros pormenores, que revelam sérias contradições entre os membros do governo dos EUA, tornam cada vez menos claro o que se passou dentro do complexo fortificado de Bilal Town, na cidade paquistanesa de Abbottabad. Para agravar as incertezas, há ainda a questão das fotos tiradas a Bin Laden para provar a sua morte e que, segundo declarações de Obama ontem à CBS, não vão ser divulgadas.
Existem várias versões para os 40 minutos de operação. A própria Casa Branca levantou ontem ainda mais dúvidas ao adornar com detalhes frescos a sequência dos acontecimentos. Para agravar a situação, existe ainda o suposto recurso à tortura para obter pistas sobre o paradeiro do ex-líder da Al-Qaeda. O uso da tortura foi reconhecido na terça-feira à noite pelo director dos serviços secretos norte-americanos, Leon Panetta, mas coloca em causa a política antiterrorista defendida por Obama, para não falar das promessas eleitorais em relação a Guantánamo.
De acordo com a versão oficial, comunicada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, Bin Laden não estava armado e nem usou a mulher como escudo humano antes do comando de forças especiais dos EUA o ter alvejado na cabeça e no peito. Este relato põe no entanto em causa o primeiro oferecido pelo principal assessor de segurança do presidente norte-americano, John Brennan, que assegurara que Bin laden esteve "envolvido no tiroteio".
Uma das questões mais intrigantes que agora surgem é porque é que o comando optou por matar o terrorista mais procurado do mundo quando podia tê-lo detido. Mas, estranhamente, é Carney quem responde, deixando, em parte, o seu próprio testemunho em causa. "Ele resistiu. O pessoal norte-americano no terreno comportou-se com o maior profissionalismo e [Bin Laden] foi abatido na operação pela resistência que ofereceu", explicou o porta-voz da Casa Branca.
Leon Panetta, o director da CIA, também falou, em entrevista à NBC, sobre as ordens que lhe foram transmitidas na missão: "Tínhamos autorização para matá-lo, isso estava claro. Mas, também, para o capturar, se durante o confronto, de repente levantasse os braços e se rendesse, caso houvesse essa oportunidade. Mas isso não aconteceu". Panetta disse ainda que apenas existiam 60 a 80% de certeza de que aquele era o esconderijo do líder da Al-Qaeda. "Nunca tivemos provas directas de que ele, de facto, estivesse lá estado ou lá estivesse", justificou.
De dentro do complexo fortificado de Bilal Town, os comandos dos EUA levaram não só o corpo de Bin Laden como também vários computadores e outras fontes de informação. "Existe material escrito, fotografias - há todo o tipo de coisas" disse um oficial dos serviços secretos norte-americanos em anonimato ao "Washington Post". Alguns equipamentos e documentos foram enviados para a sede da CIA, na Virgínia, outros foram transmitidos electronicamente.
Uma das filhas de Bin Laden, de 12 anos, contou que o pai foi capturado vivo e executado pelas forças especiais norte-americanas. O exército paquistanês, que acedeu ao local, uma hora após o ataque dos EUA, encontrou quatro cadáveres e 16 pessoas com algemas de plástico, nove delas eram crianças entre os 2 e os 12 anos.
Fonte: Noticias Google
Existem várias versões para os 40 minutos de operação. A própria Casa Branca levantou ontem ainda mais dúvidas ao adornar com detalhes frescos a sequência dos acontecimentos. Para agravar a situação, existe ainda o suposto recurso à tortura para obter pistas sobre o paradeiro do ex-líder da Al-Qaeda. O uso da tortura foi reconhecido na terça-feira à noite pelo director dos serviços secretos norte-americanos, Leon Panetta, mas coloca em causa a política antiterrorista defendida por Obama, para não falar das promessas eleitorais em relação a Guantánamo.
De acordo com a versão oficial, comunicada pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, Bin Laden não estava armado e nem usou a mulher como escudo humano antes do comando de forças especiais dos EUA o ter alvejado na cabeça e no peito. Este relato põe no entanto em causa o primeiro oferecido pelo principal assessor de segurança do presidente norte-americano, John Brennan, que assegurara que Bin laden esteve "envolvido no tiroteio".
Uma das questões mais intrigantes que agora surgem é porque é que o comando optou por matar o terrorista mais procurado do mundo quando podia tê-lo detido. Mas, estranhamente, é Carney quem responde, deixando, em parte, o seu próprio testemunho em causa. "Ele resistiu. O pessoal norte-americano no terreno comportou-se com o maior profissionalismo e [Bin Laden] foi abatido na operação pela resistência que ofereceu", explicou o porta-voz da Casa Branca.
Leon Panetta, o director da CIA, também falou, em entrevista à NBC, sobre as ordens que lhe foram transmitidas na missão: "Tínhamos autorização para matá-lo, isso estava claro. Mas, também, para o capturar, se durante o confronto, de repente levantasse os braços e se rendesse, caso houvesse essa oportunidade. Mas isso não aconteceu". Panetta disse ainda que apenas existiam 60 a 80% de certeza de que aquele era o esconderijo do líder da Al-Qaeda. "Nunca tivemos provas directas de que ele, de facto, estivesse lá estado ou lá estivesse", justificou.
De dentro do complexo fortificado de Bilal Town, os comandos dos EUA levaram não só o corpo de Bin Laden como também vários computadores e outras fontes de informação. "Existe material escrito, fotografias - há todo o tipo de coisas" disse um oficial dos serviços secretos norte-americanos em anonimato ao "Washington Post". Alguns equipamentos e documentos foram enviados para a sede da CIA, na Virgínia, outros foram transmitidos electronicamente.
Uma das filhas de Bin Laden, de 12 anos, contou que o pai foi capturado vivo e executado pelas forças especiais norte-americanas. O exército paquistanês, que acedeu ao local, uma hora após o ataque dos EUA, encontrou quatro cadáveres e 16 pessoas com algemas de plástico, nove delas eram crianças entre os 2 e os 12 anos.
Fonte: Noticias Google
Nenhum comentário:
Postar um comentário