Os quase 5,8 milhões
de estudantes que prestam a prova do Exame Nacional do Ensino Médio
(Enem) em 1.615 municípios neste final de semana representarão um
gasto total de algo próximo a R$ 267 milhões para o Ministério da
Educação (MEC). O valor por aluno será de R$ 46 na prova que serve
de base para ingressar no ensino superior.
Segurança das provas
O número foi
apresentado nesta sexta-feira (2) pelo ministro Aloízio Mercadante,
que prometeu um processo de avaliação com “cuidado e rigor”, em
referência a falhas ocorridas em anos anteriores. “Todos os itens
(de segurança) foram checados e a impressão foi absolutamente
segura”, disse, afastando receios de vazamento da prova, como
ocorrido em 2009.
Política: ‘Quero
continuar no Ministério da Educação’, diz Mercadante
Em relação aos custos
de 2011, o Enem economiza apenas R$ 1 em relação ao valor por prova
– no ano passado, cada aluno absorveu R$ 45 do orçamento do MEC. Segundo Luiz Cláudio Costa, presidente do pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão
responsável pela prova, a diferença pequena se deve a demanda por
pessoas com necessidades especiais . “É importante ressaltar que a
cada ano há um número diferente de estudantes com alguma
especificidade”, diz.
Para 2012, são
esperados pouco mais de 28 mil estudantes com alguma deficiência
física, como surdez, cegueira ou dificuldade de locomoção. Outras
cerca de 70 mil pessoas necessitam de atenção especial, como
cadeiras e carteiras adaptadas.
Frio na barriga
Economista formado pela
Universidade de São Paulo, Mercandante recomendou tranquilidade aos
estudantes. “Fiz o vestibular em 1972 e me sinto como se estivesse
fazendo de novo”, recordou. “Os estudantes podem ficar tranquilos
que eles vão prestar a prova com muito conforto. Se der aquele
friozinho na barriga, respire fundo que tudo vai dar certo”,
recomendou.
Guia Enem 2012:
conheça todas as regras do exame no fim de semana
As 1,2 mil toneladas de
provas só serão entregues aos fiscais de 15 mil salas de realização
do exame horas antes do início do teste, às 13h em ponto em todo
País, conforme o horário oficial de Brasília – nos Estados que
não participam do horário de verão, a prova começa às 12h local.
O ministro recomenda chegar para a prova um uma hora de antecedência.
É importante levar o comprovante de inscrição e o RG original.
As provas serão
distribuídas via 9.788 rotas definidas no mapa pelo Inep,
responsável por desenvolver 3.400 pontos de certificação e
checagem de processo para elaboração, impressão, distribuição e
correção do exame.
Consulte os locais
de prova do Enem
A realização do Enem
envolverá cerca de 20 mil homens das polícias estaduais e federal.
Ao todo, entre técnicos, fiscais e pessoal de suporte, estarão
envolvidos 576.617 profissionais.
O MEC está, inclusive,
monitorando o clima para identificar pontos onde chuvas podem gerar
empecilhos para os estudantes chegarem aos locais de prova. O
ministério pediu ainda para o Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit) não realizar obras em rodovias
próximas aos locais de prova como forma de evitar
congestionamentos.
Redação polêmica
Mercante rebateu
críticas ao método de correção das redações que os alunos
deverão entregar junto com o gabarito preenchido com as respostas da
prova. Os textos serão corrigidos, inicialmente, por dois
professores.
Veja dicas para a
redação do Enem
Caso as notas sejam
muito discrepantes, um terceiro corretor fará uma avaliação. Se
mesmo assim houver valores muito diferentes entre as notas
concedidas, uma banca examinadora formada por outros três
professores mestre-doutores irão recorrigir. “Pela primeira vez,
os alunos têm um guia para redação. Os estudantes sabem o que vai
ser exigido deles”, afirmou o ministro.
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